Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

    [Ragnarök] A história por trás do Laboratório - Cobaia: #089

    Ghost
    Ghost


    Masculino Mensagens : 50

    [Ragnarök] A história por trás do Laboratório - Cobaia: #089  Empty [Ragnarök] A história por trás do Laboratório - Cobaia: #089

    Mensagem por Ghost Seg Dez 19, 2016 9:14 am

    Pesquisador Chefe: Drª. Winter Hollow

    Relatório de experiência número 005-049

    Cobaia: #089, Cecil Damon

    Objetivo: Descobrir os limites dos sentidos.

    Preparativos:

    Para obter a cobaia que foi utilizada, foi utilizado o seguinte artifício: Sabendo que Cecil Damon era uma famosa caçadora de recompensas que muitas vezes agiu ilegalmente, colocamos um anúncio em nome do Dr. Shag Linthol, o membro de maior poder monetário no grupo e famoso empreiteiro, anunciando a vontade de contratar os serviços da #089 para fins de caça, oferecendo uma quantia monetária razoável em troca dos serviços. O serviço apresentado a ela assim que ela chegou foi caçar a família do desertor Seyren Windsor. Assim que ela trouxe o prometido, Long Hi Ming, assistente do Dr. Linthol, a alvejou com uma seta embebida em Irotebiol 0,05g/mL, concentração suficiente para adormecer a caçadora para fins de que ela não revele os serviços dela para outras pessoas. Assim, para não descartá-la, resolvemos a usar em nosso experimento, dado que ela é famosa por seus sentidos muito aguçados. Foi separado o laboratório de procedimentos cirúrgicos, uma cela e chamado a Profª Cinthya Almendar, Bruxa e integrante do corpo docente da Academia de Bruxos de Geffen para criar algumas situações que testariam os sentidos de #089 e o Profº Godfrey Handark, Criador e especialista em manter órgãos isolados em perfeito estado. O falcão ficou separado, em gaiola especial, dada a potência das garras dele.

    Dia 1:

    A cobaia foi devidamente sedada para que pudéssemos exercer a extração do olho esquerdo dela para estudos anátomo-fisiológicos. Novamente usamos Irotebiol 0,05g/mL para sedá-la. Para evitar qualquer grande choque e que a cobaia desperte durante o procedimento, sob risco de danificar a peça, usamos como anestesia gás Halotano. Infelizmente tivemos que interromper o processo, pois a temperatura da cobaia começou a subir rápidamente para 45ºC. Congelamos a cobaia com o auxílio da Profª Almendar e sua Rajada Congelante. Infelizmente os experimentos do primeiro dia deverão ser adiados até que um novo lote de Seficiol, anestésio endovenoso, chegasse, dado o esgotamento desse material no estoque. Esperaremos um semana mantendo-a isolada no Armazém de Cobaias. Uma pena ela ter demonstrado que sofre de Hipertermia Maligna diante da exposição ao Halotano.

    Dia 2:

    Enfim chega o carregamento tão esperado de Seficiol. Ao retirarmos a cobaia, notamos que estava deprimida. Parece que a ausência de seu falcão deixa-a abalada. Após injetar o Seficiol 1g/L, começamos os procedimentos de extração do olho esquerdo. Para tal, foi limpado com Tintura de Iodo para evitar infecções e começamos removendo a pálpebra superior com o uso de um bisturi tamanho 1-1, o menor de todos. A pálpebra inferior foi seccionada e rebatida logo em seguida, de modo que os músculos que movem o olho ficassem expostos. Após uma análise rápida desses músculos, notou-se certo desenvolvimento neles, permitindo que a cobaia virasse os olhos rapidamente e que ela mantivesse-os bem fixos. Após seccionar os músculos da órbita na seguinte ordem: Reto Lateral, Reto Superior, Oblíquo Superior, Reto Medial, Reto Inferior e Oblíquo inferior, pudemos puxa-lo um pouco mais para conseguir seccionar o nervo óptico, que não apresenta nenhuma alteração anatômica. Após posicionarmos o olho num frasco com Fluornonano, a cobaia despertou. Ainda bem que a algemamos, pois o tranquilizante e o anestésico perdiam seus efeitos. Os berros da cobaia inviabilizaram o procedimento do estudo, pois, segundo o Profº Handark, ele precisaria de silêncio para poder começar os estudos anátomo-fisiológicos dessa peça. Uma nova dose de Irotebiol, 0,05g/mL e outra ampola de Seficiol 1g/L permitiram que fizéssemos as suturas necessárias. Para a recuperação do olho da #089, a mantivemos em animação suspensa usando 3 ampolas de Nortivoid 400mL endovenoso. Após a chegada do Dr. Linthol, chamado de sua casa, ele administrou Irotebiol 0,30mg/L e um preparado de Poção Laranja 1L/min endovenoso.

    Dia 3:

    Para o experimento de hoje, tivemos de forçar a cobaia a cooperar através de um acordo: Se ela cooperasse, teria o direito de ficar com seu falcão. Hoje, antes dos estudos do Profº Handark, resolvemos testar os limiares olfativos dela. Para tal, separamos um preparado odorífero. A cada tubo de ensaio, a concentração aumentava 10 vezes. No primeiro tubo, contendo apenas água, nada sentiu. Seu olfato foi testado até o limite, quando o extrato atingiu a concentração máxima. A cobaia relatou sentir o nariz queimando por dentro e relatou não sentir mais nenhum cheiro. Após tentar agredir a mim, a Profª Almendar a congelou com uma Rajada Congelante.

    Os estudos anátomo-fisiológicos revelaram que o cristalino da #089 era altamente flexível. Podia focalizar imagens na parede com precisão até 50cm dela. Um feito reamente impressionante. Os músculos papilares eram mais desenvolvidos e a retina possuía uma Mácula Lútea alterada. A pupila possuia imensa variedade de tamanho, permitindo visão onde um ser humano comum não visse. O outro olho será testado amanhã, no teste de luminosidade crescente.

    Dia 4:

    Após ameaçada de ter seu falcão assassinado e viver em penúria pelo resto dos dias, a #089 aceitou colaborar. A mantivemos na cela e a Profª Almendar apagou todas as luzes no aposento. A cobaia relatou não ver nada. Após a Profª Almendar aumentar a luz em 5 Luminons(Lu) a cobaia relatou ver alguma coisa. O ser humano comum consegue ver à partir de 15 Lu, o que mostra uma capacidade aprimorada da retina e da pupila da #089. A Profª Almendar subiu a luz lentamente. Após chegar em 70 Lu, ela pediu que todos deixassem o aposento, exceto ela, que era imune à própria magia, e a cobaia. Segundo relato da Profª Almendar, a visão da cobaia aguentou até 132 Lu, sendo que o ser humano normal suporta 100 Lu. Percebemos que a vítima ficou cega pois não respondia mais a estímulos visuais. Sua córnea se opacificou e ela não podia mais ver nada.

    Dia 5:

    Hoje testaremos os limites da audição da #089. Para tal, inserimos, sem que ela acordasse, cera para que o ouvido direito fosse preservado e separamos o falcão dela e a Profª Almendar escutou atentamente os guinchos do animal sendo estraçalhado por uma máquina a vapor que move as engrenagens do trem de Lighthalzen. Uma pena sacrificar um espécime tão belo. A cobaia parecia irascível quando retornamos. Eu a avisei que ela devia se apressar, pois eu mataria o falcão dela se ela não colaborasse. A devoção dela para com o falcão beirava a obcessão. Deixamos o aposento até que ouvimos um barulho ensurdecedor. Quando entramos, vimos Cecil jogada ao chão, murmurando coisas sem sentido. A Profª Almendar alegou que não valeria de nada o estudo, pois a percepção de mundo dela estava totalmente alterada e ela estava insana. Para sacrificar a cobaia, congelamos o corpo e efetuamos a degola, pois retiraríamos o Trato Auditivo dela. Não havia nenhuma alteração, indicando que o mecanismo que tornava a audição dela aguçada era puramente nervoso. Os restos da cobaia foram despejados no depósito de materiais e a experiência foi encerrada.

    Conclusão:

    O olho humano, quando treinado, pode suportar luminosidade intensa e formar imagem a baixa luminosidade. Quanto à audição, há controvérsias, mas ao que tudo indica, o treino torna os nervos mais sensíveis.

      Data/hora atual: Dom maio 19, 2024 9:38 am