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    [Ragnarök] A história por trás do Laboratório - Cobaia: #900

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    Mensagem por Ghost Seg Dez 19, 2016 9:08 am

    Pesquisador Chefe: Dr. Shag Linthol
    Pesquisador Adjunto: Drª. Nayru Sohho

    Relatório de experiência número 056-744

    Cobaia: #900, Eremes Guile

    Objetivos: Compreender a imunidade a drogas e venenos, obtenção de dados para o Projeto Guardiões, compreensão do mecanismo do chamado Veneno Mortal

    Preparativos:

    Em relatórios obtidos recentemente com Long Hi Ming, auxiliar do Dr. Shag Linthol, chegou ao conhecimento desta equipe a falha de um dos membros mais proeminentes da Guilda dos Mercenários (existente no Reino de Rune Midgard, fronteira Sul da República de Schwartzwald). Segundo informações colhidas pelo auxiliar do Dr. Linthol, houve o massacre de uma tropa de infantaria leve do Exército Real por apenas um homem, que, segundo o único sobrevivente, atendia pelo nome de Eremes Guile. Para a obtenção de tal espécime, foram destacados os auxiliares Long Hi Ming (Dr. Linthol) e Seimour Lightaxe (Drª. Sohho). Segundo o relatório feito pelos auxiliares, foi efetuada abordagem direta do Sr. Guile e, como previsto, inciado um confronto. Long Hi Ming fez uso de 14 flechas contendo diversos narcóticos que não surtiram efeitos sobre o Sr. Guile, sendo mandatório o uso de trauma mecânico em região cervical para sedá-lo. Foi separada uma sala com 6 mesas de contenção em 45º, 6 mesas comuns no setor de farmacologia e a sala de procedimentos cirúrgicos. Foi convidado também o Sacerdote Tom Thorwill devido aos procedimentos não ortodoxos da Drª. Sohho.

    Dia 1:

    Para uma análise incial do #900, foi decidido uma análise de habilidades em combate. Deixou-se Long Hi Ming, Seimour Lightaxe e a Drª. Sohho dentro do laboratório, sendo que todas as atividades foram interrompidas e as equipes de pesquisadores foram relocadas ao primeiro piso. A cela do #900 foi deixada destrancada e diversas armadilhas foram adicionadas ao local a gosto de Long Hi Ming. A metodologia da Drª. Sohho foi dar ao #900 uma possibilidade de fuga para que ele tenha um estímulo para combater aqueles que se interpusessem em seu caminho. Foi iniciado um combate em estilo guerrilha. O #900 apresentou uma capacidade reflexa 10/10 e uma agilidade nível S, já que não fora atingido por nenhuma armadilha (Critério Subjetivo do Classificante). A cada encontro, um embate. Relata o Sr. Lightaxe ter sido atingido por uma técnica nomeada Destruidor de Almas e que, no golpe, não percebeu a formação de ferimento, embora tivesse sentido, por segundos, as vísceras dilacerando-se e como se tivesse sido atingido por uma barra de ferro. A Drª Sohho, sob proteção do Sobrepeliz do Ilusionista cedido por Long Hi Ming relata o uso direto e explícito de magia para gerar o golpe, um ataque à distância "jogando a energia vital do atacante contra a energia vital do alvo". As técnicas furtivas, segundo Long Hi Ming, eram do mesmo nível dos Mercenários comuns, porém sua letalidade era maior. Também foi utilizada uma técnica nomeada Impacto Meteoro, na qual foi usada magia para gerar uma onde de choque circular que provocou hemorragia interna em mesentério em Long Hi Ming e concussão em Seimour Lightaxe. Para conter o #900, a Drª. Sohho foi obrigada a usar a magia Rajada Congelante e chamar de imediato o Sacerdote Thorwill para socorro de Seimour e de Long Hi Ming. Os dados obtidos no relatório serão prontamente copiados e a segunda via encaminhada ao setor de enegenharia da Corporação Rekenber. Assim que o efeito do congelamento cessou, o #900 foi sedado novamente com um trauma mecânico em região cervical.

    Dia 2:

    O #900 foi preso à mesa de contenção tipo 7, com algemas de aço de 10cm de espessura a fim de analisarmos uma possível dose de narcóticos, sedativos e/ou anestésicos que poderão ser utilizados para poupar o uso de traumas mecânicos e poções amarelas para poupar o #900. Para início, foi-se testado Irotebiol em dosagem crescente, sendo que a dose mínima para surtir efeito coincidiu com o nível mais tóxico ao ser humano: 5 g/mL, 100mL. Após essa intoxicação, o #900 apresentou vômitos em jato, indicativo de lesão do sistema nervoso central, um quadro curiosamente pequeno perto da intoxicação por Irotebiol. Após o episódio de vômitos, que durou 2 minutos, o #900 apresentou-se inconsciente e foi relocado à mesa com os preparados de Hipnotron. Deu-se um intervalo de 2 horas, crendo-se na resistência de #900 à droga e começou-se o procedimento, com #900 já desperto. A quantidade novamente chegou ao pico de toxicidade (Um macerado de 10 glóbulos de 5mm de raio diluído em 1L de água), apresentando, como sintoma, epistaxe intensa, formação de petéquias pelo corpo e sangramento gengival e perdeu a consciência novamente. Foi tirada uma amostra de sangue e a análise revelou trombocitopenia e hipergamaglobulinemia. Após isso, foi movido para a mesa com preparado de Seficiol. Deu-se novamente 2 horas de intervalo e o procedimento continuou. Como esperado, o #900 estava acordado e a dose de Seficiol precisou chegar a níveis extremamente tóxicos (10 Ampolas de Seficiol 50%), apresentando parada cárdio-respiratória 5 minutos depois de atingida a toxicidade. Colocou-se a mesa paralela ao chão e iniciou-se as manobras de ressucitação, com a injeção de um antagonista competitivo do Seficiol. Após o reestabelecimento do #900, foi-lhe aplicado Irotebiol 5 g/mL, 100mL e, após os vômitos, rapidamente foi-lhe colocada uma sonda nasogástrica feita de silicone e uma sonda vesical a fim de retirar o excesso de líquidos inseridos no #900. Sua relocação para a outra mesa, contendo Muscarina. ASCR, foi aplicado Muscarina pela sonda nasogástrica em dosagem crescente, mas mesmo Muscarina 100% não fazia efeito algum sobre o organismo do #900. O mesmo se repetiu em ambas as mesas contendo substâncias aplicadas diretamente no trato gastrointestinal do #900. Para sedar o #900, tentou-se Halotano, mas sem sucesso, e evitou-se repetir o Irotebiol devido às lesões que poderia causar no SNC desse paciente

    Dia 3:

    Devido à completa imunidade a substâncias nocivas absorvidos pelo TGI do #900, decidiu-se fazer uma lobectomia hepática para estudar sua composição química, já que toda a circulação do estômago até o ânus desemboca na veia porta e é obrigada a passar pelo fígado. Para obtenção do lobo esquerdo do fígado do #900, foi feita uma laparotomia em hipocôndrio direito e removido completamente o lobo esquerdo, enviado para a Drª. Sara Kishikin e sua equipe efetuar a análise. Infelizmente a laparotomia teve de ser feita sem anestesia, dada a irresponsividade do #900 a doses que não interfeririam na cirurgia de modo ativo. A análise apresentou um nível enzimático cerca de 100x maior que de uma pessoa normal cujo fígado foi muito bem estimulado por álcool etílico.

    Dia 4:

    Entre as substâncias tóxicas encontradas com o #900, uma chamou a atenção. Ao ser administrada em uma cobaia humana via oral, a morte se seguiu rapidamente por parada respiratória e opistótono. Uma análise da composição química feita em ratos de laboratório revelou que aquilo era um análogo de Acetilcolina com altíssima afinidade com a musculatura estriada esquelético, provocando hiperexcitabilidade da musculatura afetada ao agir na placa motora. Foi batizada de Algozinina. Para veicular a substância, é utilizado uma substância cáustica de pH 1,0 desconhecida que afeta tanto a substâncias orgânicas como inorgânicas, batizada de Algozóico. Aúnica excessão ao Algozóico foi um tipo de vidro tratado com mercúrio, onde era armazenada o Veneno Mortal e óleo comum de cozinha. Foi tentada uma diluição, mas era verificado que a concentração de Algozóico era restrita, pois uma variação provocava desativação da Algozinina. O contato com o ar atmosférico também provou-se um inativador da Algozinina, motivo pelo qual o Veneno Mortal era armazenado com uma rolha de óleo de cozinha em seu gargalo. A administração via oral no #900 provou que o Algozóico causava lesões ulcerativas pelo TGI, mas a Algozinina mostrou um efeito curioso. A resposta vista na análise de combate mostrou que, ao passar por um fígado devidamente preparado, a Algozinina era metabolizada e atingia uma concentração ótima para o organismo, melhorando a resposta muscular em quase 50%. O hemograma mostrou hipergamaglobulinemia e Algozinina ativada, mostrando que o Oxigênio não é o elemento que desativa a Algozinina.

    Conclusões:

    A imunidade a toxinas que não são obtidas via oral é mediada por gamaglobulinas, enquanto as enzimas hepáticas são as responsáveis pela via oral. Ainda é discutível se não há resposta mista, já que a Algozinina não apresentou a formação de imunocomplexos. A compreensão do Veneno Mortal foi concluída com sucesso, faltando apenas localizar por onde se pode isolar.



    Anexo 1:

    Autor: ----------- (Passaram um pincel preto no nome do autor)

    -Item 1: A cobaia #900 é responsabilidade completa do Dr. Shag Linthol. Qualquer experiência ou procedimento deve ser feito sob permissão e fiscalização do Dr. Linthol.
    -Item 2: A cobaia #900 será utilizada para fornecer material bruto para destilação e obtenção de antídotos diversos. Para tal, deve apresentar nutrição parenteral completa e completa imobilização na mesa, não sendo permitido mover nem a cabeça.



    Anexo 2:

    Autor: -------------

    -Item único: Todas as atividades do segundo e terceiro piso do Laboratório de Somatologia devem ser interrompidas imediatamente dado o constante ataque de fantasmas no local. Qualquer cobaia deve ser abandonada e qualquer experimento interrompido.

      Data/hora atual: Dom maio 19, 2024 6:22 am